BBA rebaixa Hapvida e destaca pressão sobre margens e visibilidade
O rebaixamento da Hapvida pelo BBA traz à tona questões importantes sobre a companhia. A Hapvida enfrenta um cenário desafiador, com visibilidade limitada e pressão nas margens. Vamos entender o que isso significa para o futuro da empresa!
O mercado de saúde suplementar está sempre em movimento, e as análises de grandes bancos podem mudar a percepção sobre as empresas. Recentemente, o Itaú BBA fez uma reavaliação importante sobre a Hapvida (HAPV3), alterando sua recomendação e o preço-alvo das ações. Essa decisão veio após a divulgação dos resultados do terceiro trimestre de 2025 (3T25), que trouxeram à tona preocupações sobre a visibilidade futura e a pressão nas margens da companhia.
O Itaú BBA decidiu rebaixar a recomendação para as ações da Hapvida. Antes, a indicação era de “outperform” (compra), mas agora passou para “market perform” (neutro). Essa mudança reflete uma nova visão sobre a tese de investimento da empresa no curto prazo, que foi remodelada pelos resultados mais fracos do 3T25. Além disso, o preço-alvo sofreu um corte significativo, caindo de R$ 66 para R$ 22, devido ao aumento das incertezas operacionais e de rentabilidade.
A notícia do rebaixamento não é isolada. As ações da Hapvida já vinham enfrentando um período de forte deterioração. No dia 13 de novembro de 2025, logo após a divulgação do balanço do 3T25, os papéis registraram uma queda de 42,21%. No acumulado de novembro, a baixa chegou a 44%, e nos últimos 12 meses, a desvalorização foi de 59,4%. No dia 21 de novembro de 2025, por volta das 10h36, as ações da operadora de saúde estavam sendo negociadas a R$ 17,06, com uma queda de 1,61%.
Para os analistas do BBA, os dados apresentados no terceiro trimestre de 2025 mostraram fraqueza em diversas áreas da empresa. Houve poucos sinais de melhora no curto prazo, o que gerou uma grande dispersão nas estimativas de mercado. O lucro ficou abaixo do esperado, e a direção dos principais indicadores reportados indicou que as projeções anteriores não estavam alinhadas com a realidade. Esse trimestre marcou uma mudança importante para a Hapvida, desviando-a da trajetória de recuperação de margens que se esperava. Ficou evidente um descompasso entre o preço cobrado dos clientes e a nova estrutura de custos e despesas por beneficiário.
O BBA apontou que a Hapvida tem investido em “qualidade” para reduzir o “churn” (evasão de clientes), fortalecer sua marca e sustentar o modelo verticalizado. No entanto, essa estratégia elevou a utilização dos serviços pelos beneficiários, o que, por sua vez, aumentou o custo por cliente. A expectativa de que a migração para o NDI e um novo ciclo de reajustes compensariam esse efeito não se concretizou, e a rentabilidade piorou.
Paralelamente, a Hapvida acelerou sua expansão na região Sudeste, abrindo novos hospitais e clínicas ao longo do ano. Esse movimento, segundo o banco, elevou os custos fixos da empresa. A diluição desses custos dependeria de um aumento mais robusto no número de beneficiários, o que não aconteceu. O cenário competitivo também se tornou mais desafiador, com concorrentes como a Amil ganhando terreno, especialmente em São Paulo, com produtos como o “Bronze”, que oferece preços próximos aos da Hapvida e conta com forte reconhecimento de marca e rede verticalizada.
Diante desse quadro, a Hapvida se encontra em um dilema: não pode perder beneficiários, pois isso arriscaria uma desalavancagem operacional. Contudo, também não pode restringir o uso dos serviços sem aumentar o “churn”, a judicialização e os riscos regulatórios. Embora ainda haja espaço para reajustes de preços, principalmente em grandes contas corporativas e em regiões onde a empresa é mais forte, esse movimento é limitado no ambiente atual.
O Itaú BBA adotou uma postura mais conservadora em suas projeções para a Hapvida, especialmente em relação às margens. As estimativas são as seguintes:
Essas projeções indicam que, apesar dos desafios no curto prazo, o BBA ainda vê um potencial de recuperação e crescimento para a Hapvida nos anos seguintes, embora com uma visão mais cautelosa e com margens sob pressão.
Fonte: InfoMoney
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