Como os seguros se tornaram essenciais para transportadoras no Brasil
Os seguros se tornaram um pilar essencial para as transportadoras no Brasil, garantindo não apenas proteção, mas também acesso a crédito e competitividade no mercado. Vamos explorar como isso acontece!
No Brasil, onde aproximadamente 65% de toda a carga nacional é transportada por rodovias, os seguros de transporte e de frotas transcenderam a mera formalidade. Eles se tornaram um elemento central para a sustentabilidade das transportadoras. Este cenário é complexo, marcado por custos logísticos crescentes, perdas bilionárias devido a roubos de carga — que, apesar de uma queda nas ocorrências, somaram mais de R$ 1,2 bilhão em 2024 — e uma demanda cada vez maior por conformidade e profissionalização.
Pedro Picolotto Ferraro Lima, corretor de seguros e sócio da Forte Brasil, enfatiza que o seguro não é mais um diferencial, mas um pré-requisito para operar em grandes contratos e manter a competitividade. “Em tempos de margens apertadas e volatilidade, os seguros para transportadores não são só proteção: servem como viabilizadores de negócios e diferencial estratégico”, explica Pedro. Ele acrescenta que um bom gerenciamento de seguros facilita o acesso a grandes embarcadores, que frequentemente exigem garantias robustas, e permite a negociação de taxas bancárias mais favoráveis com instituições financeiras.
Dados da NTC&Logística revelam que, em 2024, foram registrados 10.478 roubos de carga no Brasil, uma redução de 11% em comparação ao ano anterior. Contudo, o valor dos prejuízos aumentou para R$ 1,217 bilhão, um salto de aproximadamente 21%. Esse aumento nos prejuízos impulsionou o crescimento das indenizações pagas pelas seguradoras, que no primeiro trimestre de 2025 já ultrapassaram R$ 904 milhões — um aumento de 46,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Em contrapartida, a arrecadação com prêmios de seguro transporte atingiu R$ 1,57 bilhão apenas nos primeiros três meses do ano.
Apesar da importância vital do setor, que movimenta bilhões e é crucial para a economia, muitas empresas, especialmente as pequenas e médias transportadoras, ainda operam sem cobertura adequada. Picolotto destaca que o grande desafio é adaptar as soluções de seguro à realidade logística brasileira. “Não adianta ofertar um produto genérico, sem entender o contexto da empresa”, afirma. Ele ressalta a importância de desenhar coberturas customizadas, considerando fatores como rotas, tipo de carga, sazonalidade dos riscos, características da frota e perfil dos motoristas.
Nesse contexto, a Forte Brasil se diferencia ao oferecer seguros “taylor-made” através de grandes seguradoras globais, além de atuar como gerenciadora de riscos. “Buscamos analisar profundamente as operações de nossos clientes, e a partir daí, conseguimos identificar e propor possíveis melhorias na atividade, não necessariamente relacionadas a seguros, que refletirão em redução de riscos e consequentemente no aspecto financeiro das transportadoras”, detalha Pedro.
A profissionalização do setor também passa pela integração de tecnologia na gestão de apólices e sinistros. Isso não só facilita o compliance e agiliza os reembolsos, mas também oferece uma visão clara da exposição ao risco em cada operação. “Hoje, o seguro não serve só para quando acontece um sinistro. Ele é parte ativa do planejamento financeiro da empresa, impactando diretamente o fluxo de caixa e a saúde financeira das transportadoras”, salienta o sócio da Forte Brasil.
Para 2025, a expectativa é de uma valorização ainda maior dos seguros personalizados, impulsionada pela digitalização e pelo aumento das exigências regulatórias de embarcadores e financiadores. Enquanto mercados mais desenvolvidos, como Estados Unidos e Europa, já utilizam modelos avançados de seguro paramétrico e coberturas baseadas em telemetria, o Brasil está começando a trilhar esse caminho. A Forte Brasil busca se consolidar como uma das principais corretoras para transportadoras no país. “Temos em nossa carteira de clientes, alguns dos maiores grupos logísticos do Brasil, e mais que dobramos o faturamento do grupo nos últimos três anos, focando em um dos setores mais importantes para o nosso país, que é o setor de transportes”, afirma Pedro. Ele conclui que as corretoras e seguradoras bem-preparadas para esse ambiente competitivo e volátil terão um crescimento significativo nos próximos anos.
Em um cenário de custos elevados e múltiplos riscos, o seguro transcende a função de um simples documento guardado na gaveta, assumindo uma posição estratégica na sustentabilidade financeira do transporte rodoviário brasileiro. Profissionais especializados desempenham um papel crucial na evolução do mercado e na proteção de um dos setores mais vitais para a economia nacional.
Fonte: Revista Cobertura
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