Você sabia que nem todos os danos causados por intempéries estão cobertos? Seguros imobiliários podem ser confusos, mas entender suas cláusulas é essencial para evitar prejuízos.
Seguros Imobiliários: Entenda o que Cobrem e o que Não Cobrem em Vendavais
Com a recente onda de vendavais e tempestades pelo Brasil, muitos se perguntam: meu seguro cobre isso? A verdade é que nem toda apólice oferece proteção completa, e conhecer os detalhes é crucial para não ter dor de cabeça e prejuízo. Danos em telhados, infiltrações, vidros quebrados e equipamentos queimados são problemas comuns que geram muitas dúvidas.
O que é coberto pelos seguros imobiliários?
A Dra. Siglia Azevedo, especialista em Direito Imobiliário, nos alerta: não podemos simplesmente presumir que qualquer estrago causado por um vendaval será coberto. Cada seguro tem suas regras, limites e exclusões. Ignorar esses pontos pode custar caro.
Geralmente, as apólices mais completas para seguros imobiliários incluem cobertura para:
- Destelhamento e outros danos estruturais causados diretamente pelo vento.
- Queda de árvores que atinjam o imóvel.
- Rachaduras e infiltrações que surgem por conta da tempestade.
- Danos elétricos, como equipamentos queimados por oscilações ou picos de energia.
- Danos em áreas comuns, no caso de seguros de condomínios.
A Dra. Siglia Azevedo reforça que, quando o vendaval afeta a estrutura do imóvel, a cobertura costuma estar presente, especialmente nos seguros obrigatórios de condomínios.
O que costuma ficar de fora da cobertura?
Apesar do que muitos pensam, alguns itens e situações não são cobertos pela maioria dos seguros. Fique atento a estas exclusões comuns:
- Danos a veículos que estavam estacionados dentro do condomínio.
- Prejuízos a equipamentos eletrônicos se a cobertura específica para danos elétricos não foi contratada.
- Móveis e pertences pessoais do inquilino, a menos que ele tenha um seguro próprio para isso.
- Danos que já existiam no imóvel por falta de manutenção preventiva.
É um erro comum achar que o seguro do condomínio cobre tudo. A advogada Siglia Azevedo esclarece que ele protege a estrutura do prédio, mas não o conteúdo das unidades individuais dos moradores.
Responsabilidades de condomínio, proprietários e inquilinos
Saber quem aciona o seguro é fundamental. A responsabilidade varia de acordo com a parte envolvida:
- Condomínio: É responsável por acionar a seguradora para problemas nas áreas comuns, fachadas, telhados coletivos e quedas de árvores que afetem essas áreas.
- Proprietário: Deve acionar o seguro individual do seu imóvel para cobrir danos que ocorram dentro da sua unidade.
- Inquilino: Só será ressarcido se tiver contratado um seguro próprio para seus bens ou se for comprovada negligência do proprietário.
A Dra. Siglia Azevedo enfatiza a importância de cada um conhecer suas responsabilidades. Um inquilino, por exemplo, não pode esperar uma cobertura que só existe no seguro do proprietário.
A importância da manutenção preventiva
Mesmo com a cobertura contratada, as seguradoras podem negar o pagamento da indenização se identificarem negligência por parte do condomínio ou do proprietário. A falta de manutenção é um fator crítico.
A especialista Siglia Azevedo alerta que seguradoras já recusaram indenizações por problemas como calhas entupidas, telhados em mau estado ou árvores que tinham laudos de risco ignorados. Nesses casos, o vendaval não é o único culpado pelo dano.
Por isso, a Dra. Siglia Azevedo recomenda que condomínios revisem suas apólices e que proprietários atualizem seus seguros residenciais, incluindo coberturas essenciais como vendaval e danos elétricos. Com o aumento dos eventos climáticos extremos, a prevenção começa com um bom contrato de seguro, a compreensão das cláusulas e a manutenção em dia.
Fonte: Revista Cobertura

