Você já ouviu falar sobre Smart Cities? Essas cidades inteligentes estão revolucionando a forma como vivemos e interagimos com o ambiente. Neste artigo, vamos explorar como o setor segurador pode ser um grande aliado nesse processo de inovação e sustentabilidade.
O Setor Segurador e o Futuro das Cidades Inteligentes no Brasil
As Smart Cities, ou cidades inteligentes, estão no centro das discussões sobre o futuro urbano, e o setor segurador tem um papel crucial nesse cenário. Recentemente, a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) marcou presença no Smart Cities Park, um evento municipalista de inovação e tecnologia que aconteceu em Nova Petrópolis, no Rio Grande do Sul. Lá, gestores públicos e representantes do setor produtivo se reuniram para debater como a inovação e a tecnologia podem moldar as políticas públicas das cidades brasileiras.
CNseg no Smart Cities Park: Debates Cruciais sobre Inovação e Resiliência
A participação da CNseg no Smart Cities Park foi fundamental para destacar a relevância do setor de seguros na construção de um futuro mais seguro e sustentável. Esteves Colnago, diretor de relações institucionais da CNseg, foi um dos protagonistas, participando de dois painéis de debate. Os temas abordados por ele foram “Parcerias Público-Privadas: Impulsionando Tecnologias e Construindo Smart Cities” e “Inovação Agrícola: Tecnologias para Agricultura, Impulsionando o Desenvolvimento nos Municípios com números comprovados e experiências transformadoras”.
Parcerias Público-Privadas e o Papel do Seguro na Resiliência Urbana
Durante sua fala, Esteves Colnago enfatizou a importância transversal e indispensável do setor de seguros no combate às mudanças climáticas no Brasil. Ele destacou a necessidade urgente de Parcerias Público-Privadas (PPPs) e de investimentos em áreas agrícolas para fortalecer a resiliência das cidades e garantir respostas eficazes diante de desastres naturais. Segundo Colnago, o setor de seguros oferece soluções e tem a capacidade de ser um parceiro estratégico do poder público. Isso inclui desde a oferta de assistência emergencial rápida após um desastre, como o Seguro Social Catástrofe, até a implementação de medidas de longo prazo para tornar o país mais seguro e adaptado, através de iniciativas como as Cidades Resilientes.
Ele também ressaltou a importância de superar a burocracia que muitas vezes impede uma atuação mais ágil do setor de seguros no momento inicial de uma catástrofe. Além disso, Colnago defendeu um foco maior na adaptação e na atuação preventiva, antes que os desastres ocorram, promovendo mudanças estruturais que tornem as cidades mais resilientes a longo prazo.
Reforma do FUNCAP: Uma Proposta para Fortalecer a Prevenção
Um ponto de destaque no debate foi a proposta de reforma do Fundo para Calamidades Públicas da Defesa Civil (FUNCAP). Este fundo, que existe desde 2010, tem tido uma atuação limitada. Colnago, em conjunto com outros debatedores, sugeriu uma reorganização desse mecanismo público, transformando-o para que tenha uma natureza mais privada e atualizando a legislação. O objetivo é permitir, por exemplo, o financiamento de medidas preventivas de infraestrutura, algo essencial para a construção de cidades mais seguras.
Paulo Ziulkoski, presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), também reforçou a relevância do encontro, que está em sua terceira edição. Ele destacou a importância de reunir líderes da gestão municipal e do setor privado para criar ações que impulsionem uma constante transformação tecnológica nas iniciativas públicas das cidades, sempre com base na inovação.
Inovação Climática e o Papel da Sustentabilidade
Ainda no Smart Cities Park, Luciana Dall’Agnol, superintendente de sustentabilidade da CNseg, participou de um painel focado em “Inovação Climática no Município: Como a Tecnologia Pode Prevenir Desastres Naturais”. Em sua apresentação, Luciana sublinhou o papel crucial do setor segurador e a necessidade de soluções integradas para a mitigação climática e o desenvolvimento socioeconômico do Brasil. A discussão reforçou como a tecnologia e a colaboração entre diferentes setores são essenciais para enfrentar os desafios climáticos e construir um futuro mais sustentável para todos.
Fonte: Revista Cobertura

