Talvez você tenha encontrado alguma vez o termo “período de carência”, verificando as condições particulares de sua apólice (de casa, de saúde, de vida, etc.). Ou ao consultar a oferta de uma companhia que anuncia um produto “sem carência”.
Mas você sabe o que é a carência e no que ela implica?
A carência é o período entre a assinatura do contrato e a possibilidade de solicitar determinados serviços de assistência ou coberturas. Cabe lembrar que a carência não é um elemento comum a todos os tipos de planos de saúde, sua política de aplicação varia de operadora para operadora.
Em um plano de saúde, é comum que se apliquem diferentes períodos de carência a algumas coberturas. Durante o tempo de duração da carência, algumas coberturas não ficam disponíveis.
A partir do momento em que se contrata um plano de saúde é possível marcar uma consulta com um clínico geral ou de pediatria, por exemplo. No entanto, você deve aguardar, a partir da data de inscrição no seguro (normalmente 6 meses) quando se trata de uma consulta com um especialista (por exemplo, um traumatologista).
Para que servem as carências dos planos de saúde?
Nos planos de saúde, a carência atua como uma garantia para as empresas, que certificam-se, assim, que o cliente não vai contratar o plano para cobrir uma determinada necessidade e, uma vez suprida, então cancelar o contrato.
Por exemplo, aproveitar da ausência de uma lista de espera e submeter-se a uma determinada intervenção cirúrgica, ou para dar à luz em uma clínica privada.
Por isso, coberturas de um plano de saúde, como as intervenções cirúrgicas e internamento obstétrico, bem como pré-natal depende de que se tenha passado o período de carência. Não se pode contar com elas imediatamente, assim recomendamos que se leia atentamente as cláusulas de carência ao contratar um plano.
Carências comuns nos principais planos de saúde
Embora as carências sejam comuns à maioria das empresas e, além disso, coincidem nos períodos que se estabelecem, ao comparar você poderá encontrar algumas diferenças significativas.
Sem carências se vier de outra empresa
Ao analisar as políticas médicas das empresas líderes no ramo de saúde, encontramos aspectos relacionados com as carências que, como usuário, é importante que você conheça antes de contratar um plano.
Você vai encontrar companhias que lhe permitam desfrutar de um plano de saúde sem carências. Desde que já tenha sido titular de um plano, durante o ano anterior. Além disso, as carências podem não são ser eliminadas para determinadas garantias, como a assistência ao parto, e controle da gravidez.
Diferentes períodos
Dentro de uma mesma garantia podem-se observar diferentes períodos de carência.
É o caso das intervenções cirúrgicas, já que estas classificam-se em duas: as do grupo 0 a-II, que se realizam em regime ambulatório e as que requerem hospitalização. Normalmente, costuma-se definir um período de 3 meses, no primeiro caso, e de 10 para o segundo.
Também não se aplica a mesma carência nos meios de diagnóstico. É habitual distinguir entre:
Os básicos (tais como análises de sangue e raios-x): normalmente não são condicionados a deficiências.
Os meios de diagnóstico de alta tecnologia (como poderia ser uma colonografía ou uma ressonância magnética): o normal é exigir que o cliente tenha pelo menos 3 meses de contrato.
É possível ainda que se considere uma carência mais extensa quando se trata de meios de diagnóstico intervencionista, podendo esses ser de até 6 meses.
Carência e urgências médicas
Outro aspecto importante a se destacar nas carências de planos de saúde, são as exceções. A carência não se aplica se o serviço é de caráter “urgente”; por exemplo, uma intervenção cirúrgica que se considere prioritária, quando se trata de uma urgência vital ou um parto prematuro.