Você já se deparou com alguma mudança no mercado de planos de saúde e isso de certa forma está lhe afetando? Pois é, isso tem ocorrido, não só no Brasil, mas no exterior também.
Essa mudança está pegando os beneficiários de surpresa, já que daqui a frente, a tendência é que as operadoras reduzam o número de hospitais e ambulatórios na sua rede de atendimento.
Embora haja menos prestadores de serviços, há maior articulação entre eles e isso de certa forma traz um novo modelo de atendimento que beneficia a medicina preventiva.
A partir dessas mudanças no mercado de planos de saúde, haverá maior pressão no reajuste dos convênios para que esses diminuam. Apesar disso, havendo aumento nas redes próprias dessas operadoras, há risco de interferência das operadoras de saúde no tratamento dos beneficiários.
Para responder algumas dúvidas nas mudanças dessas operações, o Jornal O Globo (versão online) respondeu algumas perguntas. Acompanhe!
Não. A forma de as operadoras pagarem os prestadores de serviços não está relacionada ao modelo de pagamento dos consumidores.
As operadoras afirmam que ao reduzir desperdícios, com a mudança de modelo de pagamento, os reajustes serão menores. Alguns dizem até que esse efeito poderia ser sentido em um ano. No entanto, nenhuma empresa informou quanto conseguiu economizar e qual foi o efeito na atenção à saúde naqueles prestadores de serviço que já adotaram novas formas de remuneração.
Os especialistas avaliam que deve haver uma redução na rede credenciada. Esse movimento vem acontecendo no mundo inteiro e tem relação com a transformação na forma de assistência. Com o foco em medicina preventiva e cuidado coordenado, as operadoras tendem a investir em uma rede menor, mas com unidades mais articuladas. Isto quer dizer que trocam mais informação entre elas.
Para os especialistas, não necessariamente uma oferta de rede menor é prejudicial ao consumidor. Mas é preciso respeitar o contrato e não restringir a escolha. No entanto, há uma maior preocupação de que, com o investimento de operadoras em redes de assistências próprias, ambulatoriais, laboratoriais e hospitalares, haja interferência das empresas na conduta médica.
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A adoção de indicadores de qualidade e transparência nas informações é o que defendem os especialistas para garantir que está sendo dada a melhor assistência aos usuários de plano de saúde.
Há consenso entre especialistas de todo o mundo de que o modelo hegemônico de pagamento, o fee for services, que remunera por procedimento, não é o ideal. A própria Organização Mundial para a Saúde (OMS) já divulgou relatório em que aponta que esse modelo estimula desperdício e aumenta custos. Segundo os especialistas, além do uso excessivo, o pagamento por serviços não promove a melhor assistência.
Segundo os especialistas, é necessário um convencimento dos prestadores de serviços pelas operadoras e também vencer a desconfiança de que uma nova forma de pagamento necessariamente seria desvantajosa para uma das partes. A transparência das informações, dizem os especialistas, é fundamental para ultrapassar essa barreira.
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Muitos modelos de remuneração que vêm sendo implementados relacionam parte do pagamento ao desfecho clínico do paciente. Em alguns casos, o pagamento responsabiliza os prestadores, inclusive, a intercorrência que aquele paciente venha a ter depois de 30 a 90 dias do procedimento. Na visão das operadoras isso estimula que os prestadores atuem da forma mais eficiente e eficaz para a solução do problema do paciente.
Fonte: O Globo
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