Reajustes de Planos de Saúde Coletivos Desaceleram em 2025

Reajustes de planos de saúde coletivos desaceleram em 2025, com aumento médio de 11,15%. Entenda os detalhes!

Em 2025, os reajustes de planos de saúde coletivos mostraram uma desaceleração significativa. Vamos entender o que isso significa para você!

Reajustes de Planos de Saúde Coletivos: O Que Muda em 2025?

Boas notícias para quem tem plano de saúde coletivo! A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou que o reajuste médio para esses planos, que cobrem assistência médico-hospitalar, teve uma desaceleração em 2025. De acordo com o Painel de Reajustes, que compila os dados das operadoras até agosto, o aumento médio ficou em 11,15%. Esse valor é menor do que os 13,19% que vimos em 2024, indicando uma mudança no cenário.

O Cenário Histórico: Altos e Baixos dos Reajustes

Essa desaceleração em 2025 é um respiro depois de um período de custos em alta. Em 2022, por exemplo, o reajuste médio foi de 11,48%, e em 2023, chegou a 14,14%. Esses picos foram reflexo da recuperação pós-pandemia, com a volta de muitos procedimentos que tinham sido adiados. Embora o patamar atual mostre uma acomodação, ele ainda está acima dos níveis que tínhamos antes da crise sanitária.

Olhando para a última década, percebemos que os reajustes sempre foram bem voláteis. O maior aumento registrado foi de 15,74% em 2016, um período de custos médico-hospitalares bem elevados. Já o menor índice, de 6,43% em 2021, aconteceu quando a utilização dos serviços caiu drasticamente durante a pandemia, aliviando a pressão sobre as operadoras. Contudo, a partir de 2022, os aumentos voltaram a ser consistentes, impulsionados pelo aumento da sinistralidade e pelo encarecimento de insumos. A pequena queda em 2025 é a primeira vez que vemos uma reversão nessa tendência desde 2021.

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Contratos Menores: Onde os Reajustes Ainda Pesam Mais

Apesar da desaceleração geral, um ponto que merece atenção são os contratos com menos de 30 vidas. Eles continuam a ter os reajustes mais salgados do mercado. Até agosto, esses planos, que são regidos pela regra do Agrupamento de Contratos (onde administradoras e operadoras se juntam para calcular a média dos reajustes), tiveram um aumento de 14,81%. Essa é uma diferença considerável em comparação com os contratos maiores, que registraram um reajuste médio de 9,95%.

Essa disparidade não é novidade e se mantém ao longo dos anos. Ela acontece porque contratos menores têm menos diluição de risco, custos mais variáveis e um poder de negociação reduzido para pequenas empresas ou grupos familiares. Interessante notar que a quantidade de pessoas nesses contratos pequenos está crescendo. Em 2024, 23,9% dos usuários de planos coletivos reajustados estavam em contratos pequenos, e em 2025, essa proporção foi de 23,6%. Mais impressionante ainda é o crescimento dos contratos com até cinco vidas, que saltaram de 4,7% em 2014 para 15% na última medição. Isso mostra que cada vez mais pequenos negócios e famílias estão optando por esse modelo.

Planos Odontológicos: Um Cenário Mais Estável

Quando olhamos para os planos exclusivamente odontológicos, a história é um pouco diferente: o mercado mostra mais estabilidade. O reajuste médio para esses contratos, entre janeiro e agosto de 2025, foi de 3,68%. Esse valor é bem parecido com o de 2024 e menor do que os registrados em 2022 e 2023. Mesmo aqui, há uma diferença entre contratos pequenos e grandes, mas os percentuais são menos gritantes.

Os planos odontológicos com menos de 30 vidas tiveram um aumento médio de 5,29%, enquanto os contratos maiores ficaram em 3,27%. A grande diferença é que, nesse segmento, a regra do agrupamento não se aplica. Cada operadora define seu próprio índice, o que resulta em variações mais controladas e previsíveis. E, assim como nos planos médico-hospitalares, a adesão a pequenos contratos odontológicos também está em alta, passando de 9,7% dos beneficiários em 2014 para 21,2% em 2024, conforme dados da ANS.

Como a ANS Monitora os Reajustes?

É importante saber como esses dados são coletados. O Painel de Reajustes da ANS foca apenas nos contratos regulados pela Lei nº 9.656/1998, que têm preço preestabelecido. Ele considera os reajustes anuais que as operadoras realmente aplicam. As informações são enviadas pelas próprias empresas e a ANS as atualiza a cada três meses, depois que todos os comunicados obrigatórios são finalizados.

Essa ferramenta não só mostra os dados gerais, mas também permite que você consulte informações mais específicas, como o tipo de contratação, o tamanho, a modalidade da operadora e o número de beneficiários. Dá até para ver o histórico de aumentos de cada empresa individualmente, o que é super útil para especialistas e consumidores acompanharem de perto.

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Fonte: Jota

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