As principais tendências e desafios do mercado de planos de saúde

O mercado de plano de saúde em 2020 e 2021 teve de se preparar com a onda do coronavírus superando a marca de atendimento, marcando incertezas e desafios para este setor.

Apesar disso, trouxe também muitos ensinamentos com a flexibilidade da Covid-19. Como dito, superou a marca no atendimento chegando a 50,2 milhões de beneficiários, mesmo número em 2014, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), mesmo com todos os percalços da economia, demonstrou resiliência no atendimento em todo o Brasil.

Além disso, o mercado de saúde lidou com diversas mudanças nas regulamentações, movimentos, crise de desabastecimento em insumos, pressão inflacionária, surgimento de novas doenças, avanços na medicina e muito mais.

Vamos conferir as principais tendências e desafios do mercado de planos de saúde:

Restituição ao SUS

As principais tendências e desafios do mercado de planos de saúde
Mulher sorrindo

No geral, mais de 500 mil atendimentos de clientes no Sistema Único de Saúde (SUS) foram apresentados às operadoras, o que totalizou aproximadamente R$ 945 milhões que, desta forma, foram repassados ao Fundo Nacional de Saúde no que diz respeito ao processo de Ressarcimento ao SUS, zelando pelo patamar dos últimos anos de cerca de R$ 1 bilhão/ano destinados aos cofres públicos.

Novas inclusões no rol de procedimentos

O rol de procedimentos dos planos de saúde é previsto pela ANS e, portanto, foram adotadas novas coberturas totalizando 49 ao rol. No ano de 2021 foram apenas 15 atualizações e dentre essas novas coberturas, podemos contar com medicações, procedimentos, ampliações de uso e indicações.

Além disso, as operadoras também receberam o teste rápido para o diagnóstico da COVID-19; objeto responsável pela detecção da doença Monkeypox; quimioterápicos orais; transplante de fígado; estratégias para o tratamento do Transtorno do Espectro Autista (TEA); exclusão do limite de número de consultas com fonoaudiólogos, psicológocos, fisioterapetas e terapeutas ocupacionais.

Novas aquisições e fusões

O mercado de planos de saúde vive em constante mudanças, tanto que a cada 10 anos, respectivamente, o número de planos de saúde com segurados ativos enxuga 30%. Neste caso, o setor busca pelo ampliamento de eficiência, reduzindo os desperdícios e controle dos custos, fazendo com que organizações de diversos segmentos (laboratórios, hospitais, clínicas, operadoras, etc), sigam obtendo novas parcerias, visando o aumento da margem de lucro e controle dos custos. 

Resultados das operadoras de planos de saúde

Em 2022 as operadoras do plano de saúde estiveram a par de lições e alertas. Só nos primeiros nove meses, elas registraram um prejuízo de R$ 3,4 bilhões contra um lucro de R$ 2 bilhões no período de 2021, de acordo com dados da ANS.

Levando em consideração o resultado da operação dessas empresas, houve perda no acumulado do ano chegando a R$ 10,9 bilhões, visto que entre janeiro e setembro de 2021, o mercado de saúde havia averiguado um resultado operacional de R$ 600 bilhões. 

Essa comparação pôde ser feita em relação à antes da pandemia no qual houve acúmulo dos nove primeiros meses de 2019, um resultado líquido de R$ 8,5 bilhões com taxa de sinistralidade de 93,2% no terceiro trimestre e em 2023 um acréscimo de 3,55 pontos percentuais. Contudo, levando em consideração a média acumulada no ano, o indicador somou 90,3%. Já em 2019, a sinistralidade atingiu 86,77%.

A junção desses números está direcionada a pressão inflacionária e mudanças dos regulamentos, por exemplo, o rol taxativo e o aumento do piso salarial da enfermagem, devem colocar um cenário desafiador em 2023.

Comorbidades e doenças crônicas

As informações do VIGITEL (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), supõe que nos próximos anos terá um aumento de pessoas com doenças crônicas no Brasil tais como diabetes e obesidade, tendo como resultado o agravamento no cenário de carteira das operadoras de saúde, especialmente aquelas com faixa etária mais elevada, por exemplo, as autogestões. 

Deste modo, caso não haja políticas públicas no SUS e investimento fundamental das operadoras em medicina preventiva, a probabilidade é que o número de brasileiros com alguma patologia crônica passe de 10% para 30% em 2030.

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Teleconsulta

Durante a pandemia do coronavírus, a teleconsulta se tornou alta, pois trata-se de um atendimento médico virtual,  que possibilitou um atendimento seguro e livre de riscos de contaminação entre os pacientes. Ainda assim, hoje, se tornou uma rotina entre os brasileiros para atendimentos psicológicos, fisioterapias, neurologia e outras especialidades da medicina. Esse modelo de atendimento foi regulamentado através da portaria promulgada por muitos conselhos de profissionais da área da saúde, por exemplo, o CFM (Conselho Federal de Medicina).

Novos orçamentos para 2023

As expectativas para este ano não são animadoras, visto que pode ocorrer grande impacto na saúde suplementar, já que houve cortes. No caso do programa Farmácia Popular, houve redução no ponto de vista orçamentário, gerando grande conflito no tratamento medicamentoso de muitos beneficiários. 

Inspeção de custos assistenciais

Para diminuir os custos ou mesmo inspecioná-los, o alinhamento dos serviços de saúde apresenta um caminho fundamental, visto que é nessa direção que o setor de saúde está seguindo, com trabalhos que sempre estiveram adeptos ao modelo de rede referenciada e direcionando para um modelo agregado de prestação de serviços e alinhando suas ações.

É válido dizer também que a tecnologia deve continuar envolvida com o mercado de saúde, já que cada vez mais, as startups oferecem novos meios e companhias grandes também estão ampliando seu portfólio para serem alicerces dos planos de saúde quando o assunto é sustentabilidade. 

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Inteligência artificial e Big Data

Não é à toa que os novos meios tecnológicos estão fazendo parte de grandes setores do mercado, inclusive o de saúde, para facilitar ainda mais o acesso do beneficiário ao plano e também lhe proporcionar uma qualidade de vida melhor. 

Com uso dessas tecnologias, os profissionais conseguem criar um histórico de comportamento da carteira de segurados das operadoras, o que pode garantir um ganho exponencial na medicina preventiva e trazendo melhorias à saúde desses beneficiários, refletindo também na sinistralidade do plano.

Saúde digital

Por fim, no que envolve a tecnologia mais uma vez, este ainda há muitas promessas no investimento em Saúde Digital, focando especialmente na interoperabilidade entre sistemas, na construção de repositórios em cloud, ampliação e consolidação da telemedicina,  e claro, sem deixar de mencionar a promoção e adesão do paperless. 

O mercado também prevê a geração de valor utilizando a extração de dados de mundo real (RWE) o que permite melhorar a performance no que envolve custo e qualidade de vida do paciente.

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